3 de junho de 2013

 
Tudo amanheceu diferente 
O hábito invertido, mudado

Meu traje, mais indecente
Hálito suavizado,
Meu sonho incoerente
Sorriu, meu dia, irado!!!
Um movimento pra frente
Tato, pulso, olfato 
Um novo filme... caliente!
Cel

25 de setembro de 2012


Flor da boca da pele do céu
Pele do céu da flor da boca
Céu da flor da boca da pele
Boca do pele do céu da flor

cid campos

20 de maio de 2012

    Chuva insistente nas janelas
    O som lá fora, abafado
    As portas, rangem, tagarelas
   O corpo aqui, estagnado
   ... o clima... a sina
   Templo de espera!
   O que passou... já era!
    Cel 

7 de maio de 2012


"Para onde vão os trens, meu pai? 
Para Mahal, Tami, para Camiri, espaços no mapa, 
e depois o pai ria: 
também para lugar nenhum, meu filho,
 tu podes ir e ainda que se mova o trem, 
tu não te moves de ti"
Hilda Hilst

27 de abril de 2012


"... eu não sentia nada. 
Só uma transformação, pesável. 
Muita coisa importante falta nome." 
Guimarães Rosa

2 de abril de 2012

Tempo de vir... tempo de rir... 
tempo de sonhar...
e o triste tempo de partir!
Cel

14 de março de 2012

Há um resto de noite pela rua
Que se dissolve em bruma e madrugada.

Há um resto de tédio inevitável
Que se evola na tênue antemanhã.

Há um resto de sonho em cada passo
Que antes de ser se foi, já não existe.

Há um resto de ontem nas calçadas
Que foi dia de festa e fantasia.

Há um resto de mim em toda parte
Que nunca pude ser inteiramente.

 Ildásio Tavares



5 de março de 2012

                                 Foto - Aiana - Olinda Pe - fevereiro 2012

O Poeta é a Mãe das Artes

O Poeta é a mãe das armas
& das Artes em geral
alô, poetas: poesia
no país do carnaval;
Alô, malucos: poesia
não tem nada a ver com os versos
dessa estação muito fria.

O Poeta é a mãe das Artes
& das armas em geral:
quem não inventa as maneiras
do corte no carnaval
(alô, malucos), é traidor
da poesia: não vale nada, lodal.

A poesia é o pai da ar-
timanha de sempre: quentura no forno quente
do lado de cá, no lar
das coisas malditíssimas;
alô poetas: poesia!
poesia poesia poesia poesia!
O poeta não se cuida ao ponto
de não se cuidar: quem for cortar meu cabelo
já sabe: não está cortando nada
além da MINHA bandeira sem aura nem baúra, sem nada mais pra contar.
Isso: ar. ar. ar. ar. ar. ar. ar. ar. ar. ar. ar. ar. ar: em primeiríssimo, o lugar. 
Torquato Neto

4 de fevereiro de 2012

SENSAÇÃO DE "STAR" NUM FILME DE FELLINI :
     LA NAVE VA...
                                   

7 de janeiro de 2012

Pra você,
que tem tudo pra ser livre : 
o mar na tua porta 
o barco na tua sala 
o vento que te envolve,
o tempo que com o tempo,
aquieta e resolve!
Cel

4 de janeiro de 2012


Era pegada por todos os lados 
e eu me pegava ali, a observar... 
o rio, a calmaria, 
montanhas, ao redor do luar, 
e dando voltas, girando...
girando...
  meu indefinido pensar... 
Cel
Foto - Vale do Capão - 2012 - Cel

20 de dezembro de 2011

SÓ ISSO A DECLARAR! 
O “Profeta Gentileza” ganhou esse nome, 
porque vivia pregando o amor, 
 preferia dizer “agradecido” 
e falava sempre “por gentileza”.
Ele era um empresário de transportes,
quando no início da década de 60 um circo pegou fogo em Niterói,
vitimando centenas de pessoas dois dias antes do Natal. 
Gentileza naquele dia disse ter ouvido “vozes” 
dizendo para largar  todo apego material.
 Vai então pra Niterói.
 Fez das cinzas e das marcas do incêndio no chão, 
uma plantação de flores.
Durante anos Gentileza passa a pregar nas barcas Rio-Niterói
Pinta mensagens de paz, amor e gentileza nas pilastras, 
(uma das maiores intervenções de arte na cidade)
em preto, verde, amarelo num fundo branco, 
são pintadas no alto para serem lidas pelas pessoas nos onibus.
Muitos estranham a forma singular de sua escrita
e não entendem até hoje :
Amor com um R era amor material 
Amorrr com três R era um R do Pai, um R do filho,
um R do Espírito Santo.
Um certo dia  autoridades do Rio,
mandam cobrir todo o trabalho de Gentileza com tinta cinza.
para surpresa e revolta de muitas pessoas,
... apagaram tudo!



8 de dezembro de 2011



"A Crueldade 
tem Humano Coração,
E tem a Intolerância 

Humano Rosto; 
O Terror 
a Divina Humana Forma,
O Secretismo 

Humano Traje posto."
Willian Blake





28 de novembro de 2011

Fim de tarde arde... 
Meio sol na cara,
se esconde 
de maneira rara!
Cel  
Foto : Celeste - Rio Vermelho - Salvador Ba

22 de novembro de 2011

  ... "INSUPORTAVELMENTE" crônico... 




 Uma estrada perigosa!

16 de novembro de 2011

Quando durmo...
Finda o meu mundo!
Acordo e recomeça, onde parou.
Entre uma coisa e outra,
Sonho!
 
Foto - Sul da Bahia - Celeste

12 de novembro de 2011




Não sei 
se eu 
estou pirando 
ou se 
as coisas 
estão 
melhorando!!!

8 de novembro de 2011

Não adianta a tristeza...
... mas vem de dentro, 
é só minha! 
Caminha com a chuva, 
escancarando a outra face da vida... 
... cinza! 
Cel
Foto da minha varanda - Salvador Ba 

31 de outubro de 2011

"Como termina um amor? - O quê? Termina? Em suma ninguém - exceto os outros - nunca sabe disso; uma espécie de inocência, mascara o fim dessa coisa concebida, afirmada, vivida como se fosse eterna.
O que quer que se torne o desejo amado, quer ele desapareça ou passe à região de Amizade, de qualquer maneira, eu não o vejo nem mesmo a dissipar: o amor que termina, se afasta para um outro mundo, como uma nave espacial que deixa de piscar: o ser amado, ressoava como um clamor, de repente ei-lo sem brilho, (o outro, nunca desaparece quando e como se esperava)."
Roland Barthes  
Foto - Cartier Bresson 

20 de outubro de 2011

Sou devota: Santa Janis!
 
"O amanhã nunca chega... 
é sempre a mesma porra de dia."
Janis Joplin

14 de outubro de 2011

"Houve aquele tempo...
(E agora, que a chuva chora),
ouve aquele tempo!"


Guilherme de Almeida

10 de outubro de 2011

 Lá fora, sei que não... 
mas aqui dentro, tudo em paz!

Surgiu, na noite quente
Sumiu, e a lua fria!
Meio sorriso na boca
Persiste
Crio tempo e espaço
Uns poucos passos
Enfrente
O som
Novamente a aproximação!
Indefinível
Saber que nada é ausente
Em algum lugar neste momento
Presente.
Cel 

Um amigo, pediu licença e assim fez:

"Com Licença (Poética), Céu ....

Surgiu, na noite quente

Sumiu, e a lua fria!

Meio sorriso na boca

De um sorriso que não ria...

Desceu, o sol poente

Saltou, a luz do dia

Meio que de brincadeira

Leva o tempo minh'alegria..."
R.R

5 de outubro de 2011


                                Meu sorriso
De loucura  De histeria
De passagem De alegria!
Vai e volta
Meu sorriso
De frente De lado
Colado Indecente
Insistente
  Sorridente!
 
Cel

4 de outubro de 2011

Foto - Celeste

Soneto do desmantelo azul

Então, pintei de azul os meus sapatos

por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori, as minhas mãos e as tuas.

Para extinguir em nós o azul ausente

e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.

E afogados em nós, nem nos lembramos

que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.

E perdidos de azul nos contemplamos

e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.
 Carlos Pena Filho

30 de setembro de 2011


Uma criatura
Sei de uma criatura antiga e formidável,
Que a si mesma devora os membros e as entranhas,
Com a sofreguidão da fome insaciável.

Habita juntamente os vales e as montanhas;
E no mar, que se rasga, à maneira de abismo,
Espreguiça-se toda em convulsões estranhas.

Traz impresso na fronte o obscuro despotismo.
Cada olhar que despede, acerbo e mavioso,
Parece uma expansão de amor e de egoísmo.

Friamente contempla o desespero e o gozo,
Gosta do colibri, como gosta do verme,
E cinge ao coração o belo e o monstruoso.
(...) Machado de Assis

26 de setembro de 2011

(...)
Procurou no rio
procurou no mar
no telégrafo sem fio
e outra vez no ar.
Muito velho e sábio
foi que se lembrou
dentro dele mesmo
nunca procurou.
Carlos Pena Filho

21 de setembro de 2011

(...)
Devo ficar ou devo ir agora?
Devo ficar ou devo ir agora?
Se eu for haverá problemas
E se eu ficar haverá o dobro
Então venha e me deixe saber...
The Clash

15 de setembro de 2011

VIVO AQUI!

13 de setembro de 2011

Quatro cantos...três cantos...um só canto: Olinda!!!
Procurei, recuei...

5 de setembro de 2011

Que canto há de cantar o indefinível?
O toque sem tocar, o olhar sem ver
A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis.
Como te amar, sem nunca merecer?
Amar o perecível,
o nada,
o pó,
é sempre despedir-se.

Hilda Hilst 



29 de agosto de 2011

(...)
"Quem vai roubar o show
Você sabe baby é o homem guitarra
Ele pode lhe fazer amar, 
Ele pode lhe fazer chorar
Ele vai te deixar pra baixo
Ele vai te animar" (...)
Cake 

19 de agosto de 2011

"Tivesse medo? O medo da confusão das coisas, no mover desses futuros, que tudo é desordem. E, enquanto houver no mundo um vivente medroso, um menino tremor, todos perigam - o contagioso. Mas ninguém tem a licença de fazer medo nos outros, ninguém tenha. O maior direito que é meu - o que quero e sobrequero -: é que ninguém tem o direito de fazer medo em mim." 
Grande Sertão: veredas
Guimarães Rosa
                                      Foto - Alvaro Villela

17 de agosto de 2011

Isso não é tudo que eu vejo (JC)

16 de agosto de 2011

Sugerir é criar!!!
Mallarmé

15 de agosto de 2011

"(...)
Então,
de todo amor não terminado
seremos pagos
em inumeráveis noites de estrelas.
Ressuscita-me,
nem que seja só porque te esperava
como um poeta,
repelindo o absurdo quotidiano!


Ressuscita-me,
nem que seja só por isso!

Ressuscita-me!
Quero viver até o fim o que me cabe!"
(...)
Maiakovsky
foto - Celeste

9 de agosto de 2011

UM VÍCIO ANTIGO... ESTRANHO...
FUMAÇA EM MINHA CARA!
ABRINDO ASSIM, NOVAMENTE 
MINHAS ASAS DA IMAGINAÇÃO!!!
Cel


"A noite me pinga
uma estrela no olho
e passa."
Leminski

5 de agosto de 2011

by Street Art Utopia
Hoje é noite de "guardar" a lua!
Amanhã... dia de acordar o sol! 

28 de julho de 2011

by Street Art Utopia
E se eu?
E se eu tivesse?
E se não tivesse?
Venha... sem medo!

24 de julho de 2011

Pegadas para o infinito...
Era 16 do primeiro mês, do ano de 2011.
Eu... mais viva do que nunca, 
fui ao encontro da voz,
que nestes últimos quatro anos,
embalou, noites e dias... minha estrada!
Um show “tristemente inesquecível”...
(na terra dos iluminados maracatus)
 três dias de "viagem" e euforia!
O show... amigos e um estranho amor.
E o fim?... Ah!... O fim... infinito é!
Agora aqui... novas aventuras a contar!!!
Valeu muito... Amy!

                                O Amor É Um Jogo de Azar
                                                                               (...)
Como eu queria nunca ter jogado
Oh, que estrago nós fizemos
E agora o lance final
O amor é um jogo de azar.
                                                                               (...)
                                       Declarado... intenso
Até o encanto se quebrar
... e notar que você é um jogador
O amor é uma aposta perdida
Amy

22 de julho de 2011

 
“A arte de perder não é nenhum mistério;
Tantas coisas contêm em si o acidente
De perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero,
A chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
Lugares, nomes, a escala subseqüente
Da viagem não feita. Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
Lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas. E um império
Que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.
– Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo que eu amo) 

não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser mistério
por muito que pareça (Escreve!) muito sério. “
Elizabeth Bishop 


19 de julho de 2011

  A RODA
        ARODARODARODARODARGIRAGIRAGIRAGIRAR             A GIRAR !!!
Como somos insensatos! 
Queremos tudo conquistar, 
como se tivéssemos tempo de tudo possuir.
Garcia Lorca

18 de julho de 2011



Porque tinha suas ausências. 
O rosto se perdia numa tristeza impessoal e sem rugas. 
Uma tristeza mais antiga que o seu espírito. 
Os olhos paravam vazios; 
diria mesmo um pouco ásperos. 
A pessoa que estivesse a seu lado sofria 
e nada podia fazer. 
Só esperar. 
Clarice Lispector





10 de julho de 2011

Águas sombrias...
Mar adentro...
em pensamentos
mergulhei.
Ondas espumantes deslizaram
Sobre meu corpo, numa dança
Brinquei então, como criança
a deriva, a derivar

É... vez ou outra, confesso
Caminho caminhos vacilantes
Viro a cabeça do avesso
Viajo sem direção!
Agora é outro movimento
vou por aí... sem tormento!
A navegar, a navegar
 
Cel

5 de julho de 2011

Na minha cozinha,
um pequeno invasor
come meu alimento!
E faz minha tarde mais alegre...


Fotos Cel

Os Invasores

Há muito que os marcianos invadiram o mundo:
São os poetas e
Como não sabem nada de nada
Limitam-se a ter os olhos muito abertos
E a disponibilidade de um marinheiro em terra...
Eles não sabem nada nada
E só por isso é que descobrem tudo.

Mário Quintana

30 de junho de 2011

Uma noite
noites
noites em claro
noites em claro não matam ninguém
mas é claro, perdi a razão
gritei seu nome por toda a parte
do edifício em vão
quebrei vidraças da casa
estilhaços de vidro espatifados no chão
risquei paredes do apartamento
com frases roucas de paixão

(...)
JARDS MACALÉ - WALLY SALOMÃO

23 de junho de 2011

Feriado... pé na estrada!
Em dose dupla a emoção :
Brindar João, Santo festeiro,
E o outro, meu Santos querido,
Mais uma vez, CAMPEEEÃÃÃOOO!

11 de junho de 2011

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?

Paulo Leminski





(...)
Aqui há paz
Aqui há paz e alegria
Antes que voce perceba
Que não deu, não deu, não deu
Esse mundo não é meu
Vou voltar a procurar
Onde possa te encontrar
(...)

OTTO