31 de outubro de 2011

"Como termina um amor? - O quê? Termina? Em suma ninguém - exceto os outros - nunca sabe disso; uma espécie de inocência, mascara o fim dessa coisa concebida, afirmada, vivida como se fosse eterna.
O que quer que se torne o desejo amado, quer ele desapareça ou passe à região de Amizade, de qualquer maneira, eu não o vejo nem mesmo a dissipar: o amor que termina, se afasta para um outro mundo, como uma nave espacial que deixa de piscar: o ser amado, ressoava como um clamor, de repente ei-lo sem brilho, (o outro, nunca desaparece quando e como se esperava)."
Roland Barthes  
Foto - Cartier Bresson 

20 de outubro de 2011

Sou devota: Santa Janis!
 
"O amanhã nunca chega... 
é sempre a mesma porra de dia."
Janis Joplin

14 de outubro de 2011

"Houve aquele tempo...
(E agora, que a chuva chora),
ouve aquele tempo!"


Guilherme de Almeida

10 de outubro de 2011

 Lá fora, sei que não... 
mas aqui dentro, tudo em paz!

Surgiu, na noite quente
Sumiu, e a lua fria!
Meio sorriso na boca
Persiste
Crio tempo e espaço
Uns poucos passos
Enfrente
O som
Novamente a aproximação!
Indefinível
Saber que nada é ausente
Em algum lugar neste momento
Presente.
Cel 

Um amigo, pediu licença e assim fez:

"Com Licença (Poética), Céu ....

Surgiu, na noite quente

Sumiu, e a lua fria!

Meio sorriso na boca

De um sorriso que não ria...

Desceu, o sol poente

Saltou, a luz do dia

Meio que de brincadeira

Leva o tempo minh'alegria..."
R.R

5 de outubro de 2011


                                Meu sorriso
De loucura  De histeria
De passagem De alegria!
Vai e volta
Meu sorriso
De frente De lado
Colado Indecente
Insistente
  Sorridente!
 
Cel

4 de outubro de 2011

Foto - Celeste

Soneto do desmantelo azul

Então, pintei de azul os meus sapatos

por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori, as minhas mãos e as tuas.

Para extinguir em nós o azul ausente

e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.

E afogados em nós, nem nos lembramos

que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.

E perdidos de azul nos contemplamos

e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.
 Carlos Pena Filho