30 de setembro de 2011


Uma criatura
Sei de uma criatura antiga e formidável,
Que a si mesma devora os membros e as entranhas,
Com a sofreguidão da fome insaciável.

Habita juntamente os vales e as montanhas;
E no mar, que se rasga, à maneira de abismo,
Espreguiça-se toda em convulsões estranhas.

Traz impresso na fronte o obscuro despotismo.
Cada olhar que despede, acerbo e mavioso,
Parece uma expansão de amor e de egoísmo.

Friamente contempla o desespero e o gozo,
Gosta do colibri, como gosta do verme,
E cinge ao coração o belo e o monstruoso.
(...) Machado de Assis

26 de setembro de 2011

(...)
Procurou no rio
procurou no mar
no telégrafo sem fio
e outra vez no ar.
Muito velho e sábio
foi que se lembrou
dentro dele mesmo
nunca procurou.
Carlos Pena Filho

21 de setembro de 2011

(...)
Devo ficar ou devo ir agora?
Devo ficar ou devo ir agora?
Se eu for haverá problemas
E se eu ficar haverá o dobro
Então venha e me deixe saber...
The Clash

15 de setembro de 2011

VIVO AQUI!

13 de setembro de 2011

Quatro cantos...três cantos...um só canto: Olinda!!!
Procurei, recuei...

5 de setembro de 2011

Que canto há de cantar o indefinível?
O toque sem tocar, o olhar sem ver
A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis.
Como te amar, sem nunca merecer?
Amar o perecível,
o nada,
o pó,
é sempre despedir-se.

Hilda Hilst